Em cada recanto daquele monte alentejano; Vejo os rostos dos meus avós, Em cada retrato naquelas paredes, Oiço o som desnudado de sua voz, Em cada quarto, sala, Encontro esse tempo só, Do que sobrou, Se tornou pó, Vida que não regressa... Em cada sorriso, agora, calado; Encontro um pedaço de mim, Por cada momento, agora, silenciado, Uma memória sem fim, De um tempo imaginado, Que sobrevive assim, Na minha alma... E ali guardados; Quadros vivos pendurados, Contando pincelados, Os momentos reencontrados, Desse passado, De antepassados, Meus... Em cada recanto daquele monte alentejano; Somente naquele lugar, Somente debaixo daquele luar, Ouso me reencontrar... Naquele monte alentejano. Filipe Vaz Correia Casas típicas do Alentejo. - Portugal, Agosto 2009 - |
Naquele monte alentejano
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